quinta-feira, 31 de dezembro de 2009

2010 com Esperança!


Carla Laidens, nossa confrade idealizadora dos convites, envia cartão de final de ano. Nele a imagem de Magritte conversa com a poesia de Quintana. E que 2010 seja pleno de esperança para todos nós.

segunda-feira, 21 de dezembro de 2009

Por um Brasil Literário

Recebo o manifesto Por um Brasil Literário, de Bartolomeu Campos de Queirós, que desejo partilhar com os confrades. Que nossas ações em 2010 possam ter como eco as palavras do Bartolomeu.

Hoje, me vi pensando como seria viver em um país de leitores literários. Pode ser apenas um sonho, mas estaríamos em um lugar em que a tolerância seria melhor exercida. Praticar a tolerância é abrigar, com respeito, as divergências, atitude só viável quando estamos em liberdade. Desconfio que, com tolerância, conviver com as diferenças torna-se em encantamento. A escrita literária se configura quando o escritor rompe com o cotidiano da linguagem e deixa vir à tona toda sua diferença – e sem preconceitos. São antigas as questões que nos afligem: é o medo da morte, do abandono, da perda, do desencontro, da solidão, desejo de amar e ser amado. E, nas pausas estabelecidas entre essas nossas faltas, carregamos grande vocação para a felicidade. O texto literário não nasce desacompanhado destes incômodos que suportamos vida afora. Mas temos o desejo de tratá-los com a elegância que a dignidade da consciência nos confere.A leitura literária, a mim me parece, promove em nós um desejo delicado de ver democratizada a razão. Passamos a escutar e compreender que o singular de cada um – homens e mulheres – é que determina sua forma de relação. Todo sujeito guarda bem dentro de si um outro mundo possível. Pela leitura literária esse anseio ganha corpo. É com esse universo secreto que a palavra literária quer travar a sua conversa. O texto literário nos chega sempre vestido de novas vestes para inaugurar este diálogo, e, ainda que sobre truncadas escolhas, também com muitas aberturas para diversas reflexões. E tudo a literatura realiza, de maneira intransferível, e segundo a experiência pessoal de cada leitor. Isto se faz claro quando diante de um texto nos confidenciamos: "ele falou antes de mim", ou "ele adivinhou o que eu queria dizer".Caio, o texto literário não ignora a metáfora. Reconhece sua força e possibilidade de acolher as diferenças. As metáforas tanto velam o que o autor tem a dizer como revelam os leitores diante de si mesmo. Duas faces tem, pois, a palavra literária e são elas que permitem ao leitor uma escolha. No texto literário autor e leitor se somam e uma terceira obra, que jamais será editada, se manifesta. A literatura, por dar a voz ao leitor, concorre para a sua autonomia. Outorga-lhe o direito de escolher o seu próprio destino. Por ser assim, Caio, a leitura literária cria uma relação de delicadeza entre homens e mulheres.Uma sociedade delicada luta pela igualdade dos direitos, repudia as injustiças, despreza os privilégios, rejeita a corrupção, confirma a liberdade como um direito que nascemos com ele. Para tanto, a literatura propõe novos discernimentos, opções mais críticas, alternativas criativas e confia no nosso poder de reinvenção. Pela leitura conferimos que a criatividade é inerente a todos nós. Pela leitura literária nos descobrimos capazes também de sonhar com outras realidades. Daí, compreender, com lucidez, que a metáfora, tão recorrente nos textos literários, é também uma figura política.Quando pensamos, Caio, em um Brasil Literário é por reconhecer o poder da literatura e sua função sensibilizadora e alteradora. Mas é preciso tomar cuidados. Numa sociedade consumista e sedutora, muitos são leitores para consumo externo. Lêem para garantir o poder, fazem da leitura um objeto de sedução. É preciso pensar o Brasil Literário com aquele leitor capaz de abrir-se para que a palavra literária se torne encarnada e que passe primeiro pelo consumo interno para, só depois, tornar-se ação.
Caio, o Brasil Literário pode, em princípio, parecer uma utopia, mas por que não buscar realizá-la?
Com meu abraço, sempre, Bartolomeu

Natal


Esta a mensagem da AEILIJ para um Natal cheio de livros e de bons sentimentos.

quarta-feira, 16 de dezembro de 2009

Noite do Livro

Dia 14, Noite do Livro, momento de conhecer os vencedores do Açorianos de Literatura. Eu tava concorrendo, Dill, Hermes e Elaine também. Quatro fundadores da Reinações. E, quando subi no palco do teatro Renescença pra receber o Açorianos de melhor livro infantil, com Historinhas bem..., em parceria com Márcia Leite, destaquei o nada de espaço na mídia em relação aos concorrentes de LIJ e isso que este ano havia livros para crianças e adolescentes concorrendo também a melhor capa e a melhor projeto gráfico.

Confrades, muito ainda temos a construir. Vamos seguindo em frente. Abaixo um grupo de confrades que foi prestigiar a Noite do Livro e abraçar os confrades concorrentes. O Hermes e a Valéria estavam lá também!

sábado, 12 de dezembro de 2009

Nós e o Hobbit

Pois dia 08 de dezembro encerramos os encontros de 2009. Ano de algumas novidades, como os saraus (com brilhante participação dos alunos da confrade Maria Inês), o 1º seminário da Reinações, ocorrido na Feira do Livro de Porto Alegre e o despertar da Reinações em Caxias. Este o 32º encontro, são 32 meses ininterruptos de encontros, de troca de ideias, de debruçar-se sobre livros feitos para crianças e adolescentes.
E em nosso recente encontro, coordenado pelo Christian David, nosso olhar voltou-se para a obra de J.R.R.Tolkien, em especial O hobbit. Confesso que, como leitor iniciante no universo do criador de O senhor dos anéis, achei leitura lenta, muito descritiva, mas com momento muito bons, diria até magníficos, como, por exemplo, o encontro do Bolseiro com Gollum. Vejo ali ecos míticos da luta de Édipo contra a Esfinge.
Mas, bem, o coordenador iniciou apresentando alguns aspectos da biografia do autor e da gênese do livro. Disse que a ideia surgiu meio ao acaso, a primeira frase do livro veio à mente do autor, quando ele corrigia provas: Em um buraco no chão vivia um hobbit. O que, convenhamos, é uma frase ótima para um início de livro.
Tolkien, segundo Christian, é considerado o pai da literatura fantástica moderna, estabelecendo uma espécie de cânone quando se pensa hoje este tipo de literatura. O autor organizou um universo com elfos, orcs, trolls, e etc..., chamado de fantástico medieval ou de alta fantasia.
Afinal, como esclareceu a confrade Diana Corso, Tolkien forjou um mundo com seus seres, sua linguagem, sua geografia, sua história. um mundo que se constrói sem qualquer relação mais direta com o real, embora o autor tenha revelado sua intenção de oferecer à Inglaterra um universo de mitos.
Creio que, para quem ainda não leu e se interessa pela literatura de fantasia, uma boa dica de leitura.
E leio que O hobbit está virando filme com possível exibição em 2010.

Segundo a Revista SET, a New Line Cinema, em parceria com a MGM, irá produzir a tão esperada versão cinematográfica de O hobbit.
A versão do cinema talvez seja um pouco diferente do que os fãs leram nos livros. Afinal, Peter Jackson, o homem por traz da direção-executiva do projeto, prometeu dois filmes em sequência para O Hobbit. No entanto, para conseguir isso, é provável que o filme aborde histórias paralelas a aventura de Bilbo Bolseiro.
No elenco do filme, é provável que vejamos alguns dos atores/personagens da trilogia do anel, como Gandalf, Elrond, Aragorn, entre outros. A cadeira do diretor do filme deverá ser ocupada por Guillermo Del Toro, diretor de O Labirinto de Fauno.

sexta-feira, 11 de dezembro de 2009

Confrades concorrendo ao Açorianos

Temos confrades concorrendo ao Açorianos deste ano. Abaixo segue convite para a noite de premiação (vamos prestigiar!) e lista de confrades indicados ao prêmio.

Categoria - Melhor Livro Infantil

DOIDO PRA VOAR, de Hermes Bernardi Jr., Artes e Ofícios Editora Ltda
HISTÓRIAS BEM... (COLEÇÃO), de Caio Riter e Márcia Leite, Editora Escala Educacional

Categoria - Melhor Livro Juvenil

DE CARONA, COM NITRO, de Luis Dill, Artes e Ofícios Editora Ltda
MEU PAI NÃO MORA MAIS AQUI, de Caio Riter, Editora Biruta
TODOS CONTRA DANTE, de Luis Dill, Editora Companhia das Letras

quinta-feira, 26 de novembro de 2009

Palavra de Confrade 8: Nóia Kern

A confrade Nóia Kern, que durante vários anos foi "A voz da Feira do livro de Porto Alegre"e desenvolveu várias atividades junto à CRL, é professora aposentada e atua com assessoria literária, quer para escritores, quer para entidades ou prefeituras, atuando também como organizadora, jurada e/ou palestrante em seminários, fóruns, encontros, cursos, festivais de música, concursos literários. Neste Palavra de Confrade 8, ela divide conosco algumas de suas ideias sobre este mágico universo da literatura feita para crianças e para adolescentes. Confiram!
(Na foto, Nóia coordenando o 14º encontro da Reinações: O Pequeno Príncipe, de Saint Exupery)

1 – Em que aspectos, na sua opinião, a literatura infanto-juvenil reina?
Não sei se entendo bem a pergunta, mas acho que, ela reina:
1º. quando um adulto-mediador- (basta um) compartilha as emoções da leitura e mostra às crianças e aos jovens que ler pode ser tão interessante e divertido e emocionante e fascinante quanto qualquer outra atividade que eles apreciem;
2º. quando um jovem – (basta um)– comenta com ênfase apaixonada que leu o “melhor” livro do mundo. Ele arrastará uma multidão;
3º. quando o escritor se preocupa em tratar seu leitor como um ser inteligente;
4º. finalmente, reina quando o livro emociona, surpreende e faz pensar

2 – Dos 31 encontros que a Confraria Reinações promoveu, qual foi mais marcante para você? Por quê?

Sempre o que virá, pelas surpresas que me aguardam

3 – Para você que atua em atividades promotoras da leitura e do livro, tais como Feiras do livro e assessorias literárias, qual o papel da literatura infanto-juvenil na formação de leitores.
Bem, falamos de literatura de qualidade, é claro, e eu acho que a ela não cabe papel nenhum a não ser o de ser lido. Quem tem um papel importante é o mediador de leitura, pois cabe a ele dar o norte ao "rebanho", ser a estrela-guia, procurando não perder ninguém pelo caminho. O que advém da leitura será mais, ou menos, assimilado e transformado em crescimento pelo próprio leitor dentro de sua biografia.

4 - Na sua opinião, que características um texto infanto-juvenil precisa ter a fim de tocar o coração do leitor-criança e do leitor-adolescente?
Vou me repetir: é aquele que emociona, surpreende e faz pensar. Deve também fugir dos clichês e lugares-comuns, das situações previsíveis. Eu sei que gosto de um livro, qualquer livro, quando me pergunto: o que o escritor vai fazer agora com as vidas e situações que criou?? Ele pode não alcançar às minhas aspirações leitoras, mas se a solução for inteligente, com certeza é um bom livro

5 - Que dica de leitura você daria aos confrades da Reinações?
Um livro que amo, pois me emociona pelos personagens e pela história, me surpreende na ilustração e projeto gráfico e me faz pensar sempre em coisas diferentes cada vez que o leio: Griffin & Sabine- Uma correspondência extraordinária. Autor: Nick Bantock. Editora: Marco Zero 6 – Ser confrade é trocar ideias sobre os mais diferentes livros debatidos, cada um mostrando seu olhar de leitor.

6.Qual palavra de confrade você gostaria de conhecer um pouco mais aqui?
A palavra de Claudio Levitan

terça-feira, 10 de novembro de 2009

Nós na Feira

Confrades,
nosso seminário e nossas atividades receberam muito elogios na Feira. Ontem, o Pedro Bandeira destacou a importância de atividades e de encontros como os nossos, a fim de colocar a Literatura Infanto-Juvenil em seu merecido lugar. Vamos lutando e acreditando, afinal esse ano o Carlos Urbim, como patrono da 55ª Feira de Porto Alegre, de certa forma é a concretização de um desejo a muito pensado por quem produz para crianças e para adolescentes.
E por falar na Feira, marcamos presença também na Revista da Feira. Estamos na página 24. O endereço da revista eletrônica segue abaixo e no estande de informações da Feira há disponível a revista em papel.
Vocês podem acessar o conteúdo da publicação pelo link
http://www.feiradolivro-poa.com.br/revista.php .





31ª Reinações Porto Alegre e 5ª Reinações Caxias


quarta-feira, 21 de outubro de 2009

Seminário da Confraria Reinações na 55ª Feira do Livro de Porto Alegre

Seguem abaixo as datas e temas do 1º Seminário da CONFRARIA REINAÇÕES na Feira do Livro de Porto Alegre.

POR QUE LER OS CLÁSSICOS DA LITERATURA INFANTIL E JUVENIL

4/nov
19h* Palestra de abertura - Por que ler os clássicos? com Ninfa Parreiras e mediação de Elaine Martiza
Casa do Pensamento

6/nov
19h* Encontro Reinações de Narizinho: Mergulho no Reino das Águas Claras com Marô Barbieri e Ana Maria Marshal
Ducha das Letras

9/nov
19h* Encontro Peter Pan: Viagem à Terra do Nunca com Jacira Fagundes e Caio Riter
Ducha das Letras

11/nov
19h* Encontro Pinóquio: Viagem em busca do humano com Hermes Bernardi Jr. e Dilan Camargo
Ducha das Letras

14/nov
19h* 3º Encontro da Confraria Reinações na Feira do Livro de Porto Alegre
Ducha das Letras

Solicite inscrição pelo e-mail visitacaoescolar@camaradolivro.com.br
Câmara Rio-Grandense do Livro
55ª Feira do Livro de Porto Alegre
http://www.feiradolivro-poa.com.br/
51-32255096

quinta-feira, 15 de outubro de 2009

Dois confrades no PNBE


Parabéns ao confrades Dilan Camargo e Hermes Bernardi Jr. Seus livros Brincriar (Prêmio Açorianos/2008) e E um rinoceronte dobrado (finalista do Prêmio Jabuti/2009) foram selecionados pelo PNBE. Excelente chancela de qualidade, sem contar na ampliação de leitores que tal seleção implica. Os livros de nossos confrades serão distribuídos pelas escolas de todo o país.

sexta-feira, 9 de outubro de 2009

Palavra de confrade 7: Elaine Maritza da Silveira

Este Palavra de confrade é especial. Nele, quebramos um pouco a estrutura com a qual estamos acostumados e perguntamos à confrade Elaine Maritza da Silveira, editora da Artes e Ofícios, responsável, sobretudo, pela linha editorial infanto-juvenil, sobre a questão-tema do 1º Seminário da REINAÇÕES na Feira de Porto Alegre: Por que ler os clássicos infanto-juvenis? Na mesa de abertura, que contará com as escritoras Ninfa Parreiras e Márcia Leite, Elaine será a mediadora.
(Na foto, Elaine com Carlos Heitor Cony, autor de O mistério das aranhas verdes, debatido na Confraria Reinações)

1. Afinal, por que ler os clássicos da literatura infantil?

A leitura dos clássicos é o contato com a tradição. Colocar o texto clássico na mão do jovem e da criança é prepará-los para compreender a literatura de seu tempo, transformando-os em leitores mais capazes. Estabelecer o diálogo entre a literatura contemporânea e os textos clássicos leva à compreensão de que a literatura é também patrimônio cultural e que é a partir desse legado que se construiu o que é a literatura de hoje. É importante que se tenha a clareza — e que se possa mostrar isso às crianças e aos jovens — de que o texto que tem valor literário e permanece no tempo é aquele que trata da condição humana e, por isso, não perde o valor com o passar dos anos e mesmo dos séculos. As questões inerentes ao ser humano são universais, e o tempo não faz com que percam a atualidade. Muda o contexto, mas as paixões humanas, os dramas continuam os mesmos.

2. O Seminário vai abordar histórias como Reinações de Narizinho, Peter Pan e Pinóquio? Por que essas obras foram escolhidas?

Essas obras foram escolhidas pelo valor estético e pelo valor que tiveram e têm na história, na evolução e na consolidação da literatura para crianças. São textos que, embora tenham sido escritos há muito tempo, são atuais naquilo que trazem sobre a infância, a capacidade de imaginar e a valorização do universo infantil.
3.Como são esses encontros da Reinações para você?

Os encontros buscam discutir, debater os textos sem nenhum compromisso acadêmico ou com qualquer vertente ou escola. São debates que partem de questionamentos e proposições, num primeiro momento, daquele que coordena e em seguida de qualquer participante que sinta o desejo de se manifestar.
A cada encontro debate-se um livro — que foi escolhido pelo grupo com antecedência e lido para o encontro — e um coordenador faz uma breve apresentação e lança questões a serem debatidas segundo sua percepção de leitor. Os destaques são feitos a partir da leitura do coordenador e daquilo que ele entende que deve ser debatido. Depois disso, o rumo que o debate vai tomar é sempre uma incógnita: há os livros que geram polêmica e outros que são debatidos sem muita paixão.

4. Qual é a importância desse 30º encontro?

O 30º encontro revela que a Confraria está consolidada. São 2 anos e meio de encontros que aconteceram todos os meses, sem nenhuma interrupção, reunindo pessoas cheias de compromissos, que uma vez por mês dão uma parada pra conversar sobre textos de literatura infantil e juvenil. E que ao longo do mês se envolveram com a leitura do livro. A cada encontro fica evidente a importância que essa literatura teve — tem! — na formação dos leitores. Principalmente nos encontros que discutem textos clássicos, há sempre o relato de algum confrade que fala sobre a importância que tal livro teve na sua infância ou adolescência, do quanto o marcou, etc. E quantas vezes foi a partir de um livro lido na infância ou na adolescência que alguém se tornou leitor? Muitas! Eu mesma me tornei leitora lá pelos 8 ou 9 anos, quando abri uma caixa de livros que chegou na minha casa e tomei nas mão O picapau amarelo, do Monteiro Lobato. O prazer e o encantamento de experimentei lendo aquele livro, conhecendo aquelas personagens — e passando a viver com elas o meu dia a dia de criança — foram fundamentais para que eu escolhesse ser leitora. Ser leitora significava poder experimentar de novo e de novo, e sempre que eu quisesse, aquele prazer e aquele encantamento e poder viver aquelas aventuras todas — e sentir muito medo do que poderia acontecer — sem correr riscos. Eu sabia que podia até sofrer, chorar, mas sempre saía inteira. Eu ainda não sabia, mas sempre saía melhor — e mais humana — a cada leitura.
5. Que palavra de confrade você gostaria de conhecer? A palavra de Nóia Kern.

quinta-feira, 17 de setembro de 2009

Palavra de Confrade 6: Rodrigo Barcelos

Rodrigo Barcellos participa há alguns encontros da Reinações, sendo inclusive o coordenador de nosso próximo debate: O menino do dedo verde, de Maurice Druon. Rodrigo é contista, tendo algumas premiações em concursos literários, como o Leverdógil de Freitas e o Mario Quintana-Sintrajufers. Neste palavra de confrade, Rodrigo partilha conosco algumas de suas ideias sobre esse universo fascinante que é a literatura infanto-juvenil.

1 – Em que aspectos, na sua opinião, a literatura infanto-juvenil reina?

A literatura feita para crianças e adolescentes tem uma forma única de reinar. Reina motivada pala abertura de caminhos desconhecidos, que, a cada página virada, além de formar uma nova mentalidade - e esse é o aspecto fundamental da literatura para crianças - torna os caminhos mais conhecidos.

2 – Dos 29 encontros que a Confraria Reinações promoveu, qual foi mais marcante para você?

Foi o 26º encontro, no dia 16/06, coordenado por mim, com a análise do livro A Ilha do Tesouro, de R.L. Stevenson. Escritores, professores, colunistas e editores (as) já coordenaram outros encontros e são presenças constantes nos demais. E para mim, um iniciante no meio literário, mas não no Mundo literário, foi um aprendizado e tanto.

3 – Percebe-se, ainda hoje, certo preconceito em relação à literatura infanto-juvenil. Na sua concepção, por que isso ocorre?

Eu diria que o preconceito é falta de informação, falta de leitura e de conhecimento mediante ao que é e ao que foi produzido na área infantil e infanto-juvenil. E ainda existe aquilo de “não li não gostei”, também por isso fala-se e julga-se muito, sem antes ter um conhecimento prévio.

4 – Como você avalia o mercado editorial voltado à criança e ao adolescente?

Há no mercado inúmeros títulos em literatura infanto-juvenil, porém nem todos de e com qualidade. E qualidade se consegue com bons textos de bons autores, desde Esopo e La Fontaine e Andersen, até os dias de hoje, com Lobato e mais recente com Ruth Rocha, Sylvia Orthof e o nosso confrade Caio Riter.

5 – Que dica de leitura você daria aos confrades da Reinações?

Na verdade são algumas dicas. Os já citados na pergunta anterior. Mas tem um de que gostei muito, é daqueles livros que emociona quem os lê, e comigo não foi diferente. É a história de um menino na maioridade de seus 14 anos, mas com o futuro incerto, pois tem leucemia e precisa de um transplante de medula. Com nome de gente Grande, Alexandre enfrenta essa incerteza, recorda muitas coisas e planeja outras. Para saber mais só lendo o livro Tempo de Surpresas, de Caio Riter, Edições SM.

6 – Ser confrade é trocar ideias sobre os mais diferentes livros debatidos, cada um mostrando seu olhar de leitor. Qual palavra de confrade você gostaria de conhecer um pouco mais aqui?

Gostaria de conhecer e aprender mais com a palavra da confrade Elaine Maritza, professora, editora e conhecedora – das melhores – tanto de literatura adulta como da literatura infanto-juvenil.

Uma noite na biblioteca

A confrade Elaine Maritza envia matéria interessante sobre o uso da biblioteca como espaço de ludismo e de descoberta da leitura. Vale a pena ler.


Passando a noite em uma biblioteca em Portugal

Dormir na morada dos livros: uma aventura vivida por uma turma de portugueses

Taynar Costa (novaescola@atleitor.com.br), de Seixal, Portugal

No fim da tarde de um sábado de maio, os funcionários da Biblioteca Municipal de Seixal, a 30 quilômetros de Lisboa, organizavam as estantes de livros. Embora esse fosse o procedimento-padrão antes de encerrar o expediente, naquele dia a arrumação tinha outro motivo: receber um grupo de 20 meninos e meninas, entre 8 e 11 anos, que iriam passar a noite ao lado dos livros. Oito e meia da noite era a hora marcada para começar a exploração de um ambiente repleto de saberes, com muita leitura e contação de histórias, e que só terminaria na manhã seguinte.
Ao chegar, para que todos se conhecessem, nada de apresentações formais. Os pequenos preencheram os crachás uns dos outros. Enquanto Diogo, o mais velho do grupo, fazia o de Beatriz, ela revelou uma de suas leituras preferidas: a poesia portuguesa de José Jorge Letria. Sabe por quê? "Porque ele me faz sentir bem", explicou, do alto de seus 8 anos.
Com todos já devidamente identificados, começou uma correria pelo ambiente. Como se estivessem em uma caça ao tesouro, as crianças seguiam pistas e procuravam por respostas para as questões escritas em fichas que tinham em mãos. Tratava-se de um desafio -- ou melhor, um peddy-paper, como se diz em Portugal -- para descobrir como é organizada e funciona uma biblioteca. Regras decifradas e normas esclarecidas, hora de vestir o pijama, arrumar os sacos de dormir e ouvir histórias para embalar o sono e, quem sabe, alimentar os sonhos. Caprichando na entonação, a bibliotecária Susana Filipe leu O Incrível Rapaz Que Comia Livros, obra escrita pelo australiano Oliver Jeffers. Quando a leitura terminou, Tomáz, 11 anos, lá no fundo da sala, gritou: "Mais uma, mais uma! Pode contar mais 1,5 bilhão de histórias!" Pedido atendido: com as luzes apagadas, Susana leu A Grande Questão, do alemão Wolf Erlbruch. Um a um, os pequenos adormeceram. No dia seguinte, assim que acordaram, as meninas correram a se enfeitar com presilhas e tiaras. Os meninos lotaram as mãos com gel para domar os cabelos rebeldes. Tudo muito rápido porque ninguém queria desperdiçar um só minuto da programação de domingo. Depois do desjejum, mais uma história - dessa vez, de autoria da brasileira Ana Maria Machado: O Pavão do Abre-e-Fecha. O enredo alimentou o desejo da turma de se perder entre as estantes da biblioteca à procura de novos títulos. "É importante que as crianças também possam escolher livremente para que a leitura seja significativa", disse a bibliotecária Carla Gomes. Ao seu lado, a funcionária Maria Elizabete Ferreira, que também passou a noite em claro velando o sono da garotada, confessou que para ela a recompensa do projeto está guardada para o futuro. "Esperamos que, depois de crescidos, todos esses estudantes se lembrem dessa noite e saibam que uma biblioteca é um espaço de aprendizagem." Pelos corredores do prédio, enquanto os pequenos arrumavam as mochilas para voltar para casa, era possível ouvir suas vozes, ecoando "Vitória, vitória, acabou-se a história!", uma frase típica portuguesa que marca o fim dos contos infantis neste lado do oceano.
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sexta-feira, 11 de setembro de 2009

29º REINAÇÕES-POA E 3º REINAÇÕES-CAXIAS


Mais uma vez nossa confrade londrina, Carla Laidens, se superou na elaboração dos convites. Agora, é esperar o debate e descobrir se ele terá o tom dos filmes americanos.

Confrade Jacira Fagunde convida

CONVITE
Histórias que Pintam
Na Saraiva Iguatemi

Amanhã, sábado, dia 12 de setembro, às 16 horas, na Livraria Saraiva do Shopping Iguatemi, vou estar desenvolvendo com a criançada uma oficina legal.
Histórias Que Pintam vai contar a história do Menino do Livro, fazer a leitura do texto e das ilustrações, proporcionar atividade de criação de uma ilustração para a história, e convidar o público infanto-juvenil para participar do I Concurso Menino do Livro.
Vai haver papel, variedade de lápis de cor e de cera à disposição.
Tragam seus pequenos para esta tarde de diversão que promete.
Espero vocês,

Jacira Fagundes
Escritora

www.jacirafagundes.com

domingo, 30 de agosto de 2009

2º Encontro da Reinações-Caxias

O mistério das aranhas verdes: convite ao mistério

Dangelo Müller

A leitura do simpático O mistério das aranhas verdes, de Ana Lee e Carlos Heitor Cony, leva o leitor a um passeio pelas terras cariocas, com direito à floresta da Tijuca e à orla de Copacabana, na companhia de Edgar Alan Poe, Conan Doyle e Agatha Christie – mestres consagrados do gênero. Seguindo os passos propostos pelo mistério policial, encontramos uma crise inicial, a descoberta de pistas, a formulação de hipóteses e a inusitada solução final. Se a “receita” é a mesma, os autores conseguem inovar apresentando Carol, a sagaz detetive adolescente, que segue os passo etéreos do “homem do terno branco”, o famigerado – e elegante – chefão de uma quadrilha de “profissionais do crime”.
Fiel ao gênero a que se propõe, a obra também segue algumas premissas da boa literatura infanto-juvenil. Lee e Cony apresentam ao jovem leitor uma visão emancipatória, claramente observada nas atitudes da intrépida Carol: o mundo burocrático e obtuso dos adultos é totalmente suplantado pelo jeito dinâmico e astuto da carismática menina de 13 anos. Além de tal elemento, outros ingredientes que se destacam são a visão dos autores quanto ao Estado (representado pela polícia) e suas políticas ineptas contra a violência, a presença de um “vilão” que foge ao estereótipo da categoria e a valorização das relações interpessoais – peça chave na solução do enigma das “aranhas verdes”. A obra também chama a atenção ao apresentar ao leitor a difícil situação da família cujo membro é sequestrado: a tensão, o nervosismo e as “soluções mágicas” buscadas mimetizam as dificuldades de um momento tão angustiante na vida de muitos.
Assim, Carol, essa Odisseu adolescente, segue sua jornada rumo à verdade, a única força capaz de unir e dar significado, aos estranhos eventos que se iniciam com uma pretensa perna quebrada e se concluem com o brilho de lindas esmeraldas. A obra é um interessante passaporte de acesso ao mundo dos mestres Poe, Conan Doyle, Christie, Chandler, Capote, Arlt entre outros.

Algumas fotos do 2º Encontro da Reinações-Caxias


O 28º Encontro

Nosso 28º encontro da REINAÇÕES foi marcado pela indicação de um livro para ser debatido feita por uma adolescente. Interessante perceber-se, afinal, o que atrai o olhar de um leitor juvenil, visto que Carolina Riter gostou muito da leitura de O mistério das aranhas verdes, de Carlos Heitor Cony e Anna Lee. Tanto que o indicou para nosso encontro de agosto. A coordenadora do encontro, Jacira Fagundes, teve a ideia de iniciar um debate com uma entrevista com a Carolina. Abaixo uma síntese da entrevista.



Entrevista com Carolina Riter


Jacira- Que motivos te levaram a indicar para debate "O mistério das aranhas verdes? Fala-nos sobre o que representou para ti a leitura desta obra.

Carolina – Eu indiquei este livro, porque, quando li, gostei muito, principalmente pelo tema de mistério. Ler este livro foi muito legal, acho que foi uma das melhores leituras que já fiz.

Jacira - Carolina, a protagonista, faz a figura de heroína, alguém que enfrenta o medo e riscos para desvendar um mistério. Alguma vez estiveste em situação de perto ou de longe parecida? Como foi que agiste?

Carolina – Acho que nunca passei por uma situação assim, mas se passasse eu tentaria mesmo assim desvendar o mistério.

Jacira - Além de Carol, que outro personagem na história é teu favorito? Quais as razões?

Carolina – Eu gostei também do Homem de terno branco, acho que por ele ser tão esperto de armar o crime e também por ele ser misterioso.

Jacira - O livro apresenta o personagem Chefão como um homem maduro, bonito e sedutor. Qual tua opinião sobre esta escolha dos autores?

Carolina – Acho que o “estilo” do Chefão lembra bastante um vilão, então os autores devem ter pensado isto também.



Jacira -Se pudesse, a adolescente Cacá mudaria alguma coisa na história de Carol e as aranhas verdes? Que coisa, por exemplo?

Carolina – Acho que eu não seria tão corajosa para enfrentar os bandidos “cara a cara”, então acho que tentaria solucionar o caso buscando mais pistas do que enfrentar “de perto” os vilões.

segunda-feira, 24 de agosto de 2009

Dois confrades nas costas do Jabuti

É com grande alegria que informo que dois de nossos confrades-fundadores são finalistas do prêmio Jabuti. O "Meu pai não mora mais aqui" (Ed. Biruta) de Caio Riter é finalista na categoria juvenil e o "E um rinoceronte dobrado" (Ed. Projeto) de Hermes Bernardi Jr. é finalista na categoria infantil. Um grande abraço de felicitações ao Caio e ao Hermes por essa conquista!

quinta-feira, 20 de agosto de 2009

Zezé e o Meu pé de Laranja Lima


Meu pé de laranja lima, de José Mauro de Vasconcelos

Heloisa Carla Coin Bacichette

A primeira vez que li o livro Meu pé de laranja lima era menina. A segunda, na adolescência. Agora, passados alguns anos, leio “a história de um meninozinho que descobriu a dor” pela terceira vez. Leituras diferentes, portanto. Mas, independentemente das fases que separam essas leituras, os sentimentos despertados são os mesmos: um misto de alegria ( pela magia das brincadeiras e invenções do Zezé) e desencanto (pela falta de sensibilidade dos adultos em relação ao universo mágico das crianças).
Aos nove ou dez anos de idade, eu tinha caderno de recordação, com capa amarela, onde anotava títulos e nomes de autores de livros de que mais gostava. Era nele que escrevia, também, nomes dos personagens, copiando, ao lado de cada um, suas falas mais bonitas. Lembro que depois de ter lido Meu pé de laranja lima, transcrevi várias passagens da comovente história de Zezé. Um dia, porém, não sei como, perdi meu caderno de recordações. Movi mundos para encontrá-lo, mas nunca soube do seu paradeiro. É obvio que não lembro de todos os títulos de livros da minha lista de preferidos. Mas, tenho ainda guardado um exemplar do Meu pé de laranja lima, capa azul, 11ª edição, onde aparecem minhas anotações. Muitas delas possivelmente selecionadas para serem registradas no caderno de capa amarela. E, creio eu, com a mesma emoção que agora sublinho outra passagem, falando de um sol que ilumina tudo de felicidade. Igual emoção que me levou a buscar outros livros do mesmo autor: Rosinha, minha canoa; Coração de Vidro; Palácio Japonês; Doidão; Arara Vermelha; Arraia de fogo e Rua descalça.
Por isso, se pretendemos analisar a obra Meu pé de laranja lima é necessário estar desarmado, com olhos de quem lê com o coração aberto, pronto para conhecer e viver uma história que mexe com os dramas humanos. Trata-se de um texto escrito numa linguagem simples, com narrativa linear. Mas, que nos mostra a habilidade de um autor/contador de histórias. Habilidade esta que dá ao texto a sustentação necessária para capturar a atenção do leitor para um encontro com nossa criança interior. Talvez este seja um dos maiores méritos de José Mauro de Vasconcelos: ter vivido tantas aventuras, convivido com pessoas de diferentes origens e lugares e conseguir apresentar os personagens e cenários em narrativas ricas em detalhes, prontas para serem partilhadas pelos mais diferentes públicos. José Mauro escreveu histórias com a intensidade de quem experimentou a vida.
Histórias como a do personagem Zezé, cinco anos de idade ( e que dizia ter seis) , um menino pobre, inteligente e sensível que sofria com a violência e a insensibilidade da família. A realidade de Zezé - que se aproxima da realidade de muitas crianças - comove e faz pensar no quanto o mundo adulto pode interferir ( positiva ou negativamente) no desenvolvimento de uma criança. Zezé busca o afeto que não encontra na família nas pequenas coisas, em especial no Pé de laranja lima, o Minguinho. E é através dessa amizade e do seu encontro com o “Portuga” que consegue superar suas tristezas e recuperar a esperança de encontrar a ternura que, em muitos momentos, pensou ter perdido para sempre.
A leitura de “Meu pé de laranja lima” é uma oportunidade para se lembrar o quanto as crianças ensinam quando nós, adultos, sabemos ouvi-las com atenção e o respeito que merecem.

Helô Bacichette é escritora e confrade da Reinações-Caxias. Autora de Kimbalo, O enigma das caixas e T de ti, T de ta, entre outros.

sábado, 15 de agosto de 2009

Palavra de Confrade 5: Laura Castilhos

Laura Castilhos é professora do Instituto de Artes da UFRGS e ilustradora. Já ilustrou diversos livros para várias editoras, tais como Projeto, Artes e Ofícios, L&PM e WS. Em seu trabalho como ilustradora, destacam-se os livros: A família Sujo, As histórias mais loucas do mundo, A mulher Gigante e Esquisita como eu.

1. Para você, em que aspectos a literatura feita pra crianças e adolescentes reina?
Reina na literatura infantil, em doses diversas, a fantasia, o lúdico, o engraçado, o triste, o medo, o horror, a rima e, em pequenas doses, o ensinamento. Na juvenil, a aventura, a ciência, a transição entre vida de criança e adulta, e outros itens mais (me identifico mais com a literatura infantil, devo confessar).

2. Qual o encontro da Reinações que mais marcou sua história de leitor? Por quê?
Gostei de todos os encontros. Ocorre de tudo um pouco: aprendo muito com as análises dos colegas, as calorosas discussões, as falas paralelas. A amizade que nasce entre os confrades. O livro que mais curti foi O gato malhado e a andorinha Sinhá, de Jorge Amado, indicado pelo Hermes Bernardi. Muito bem escrito, belíssimas ilustrações de Caribé e um projeto gráfico muito bom. Um livro que me deixou saudades.

3. Qual, na tua opinião, é a importância da ilustração num livro infanto-juvenil?
Acho que, na maioria das vezes, no livro infantil, a ilustração aliada ao texto pode corroborar com ele, ampliar sua leitura, auxiliar o pequeno leitor a entrar na história; em outras, a imagens pode atrapalhar, machucar o texto. Enfim é uma relação com a qual temos, todos os envolvidos na criação do livro, que ter muito cuidado e estarmos muito atentos.

4. Qual a relação ideal entre escritor e ilustrador ao se pensar no sucesso de um livro?
Varia. Na maioria das vezes, o editor indica o ilustrador do livro, salvo projetos feitos em parceria escritor e ilustrador. Considero que um livro tem que ter um texto de qualidade e uma ilustração que se vincule a ele, independente da condição que ocupe no livro. A imagem pode acabar com o texto e vice-versa.

5. Deixe aqui uma dica de leitura para os confrades. Não se esqueça de fazer um breve comentário sobre ela.
O último livro que li achei genial: O lago das sanguessugas, de Lemony Snicket (Cia das Letras). E triste e engraçado. Tem muito suspense. Conta inúmeras situações vividas pelos três irmãos orfãos, Violet, Klaus, e Sunny Baudelaire, em uma fuga interminável. A narrativa do escritor, que de quando em quando dialoga com o leitor é otima.

6. Que Palavra de confrade você gostaria de conhecer?
Gostaria de conhecer a palavra do Rodrigo Barcellos, novo confrade como eu.

quinta-feira, 6 de agosto de 2009

Convites 28º PoA e 2º Caxias







As aranhas verdes

Confrades, abaixo e-mail da Francine (da Letras & Cia) avisando sobre chegada das Aranhas.

Entro em contato para avisar-te que o livro

MISTÉRIO DAS ARANHAS VERDES, O
Autor:CONY, CARLOS HEITOR
Editora: SALAMANDRA
R$ 23,10 (preço para os integrantes da Confraria)

já está disponível. Peço-te a gentileza de enviares este e-mail ao restante do grupo.


Atenciosamente,

Francine Spinelli
Letras&Cia - Livraria-CaféUm novo conceito em livraria.

terça-feira, 28 de julho de 2009

Laura Castilhos em oficina no Divulga Leitura 2


A confrade Laura Castilhos, que já ilustrou vários livros, estará no dia 05/08 ministrando oficina de ilustração. Bom momento para descobrir alguns segredos do ilustrar para crianças, além de poder trocar ideias com alguns escritores e ilustradores da Artes e Ofícios. Alguns deles, nossos confrades.
Dia 05/08 às 18h
Local: Casarão Verde, av. Frederico Mentz, 1582

domingo, 26 de julho de 2009

1º Encontro Reinações-Caxias

No dia 22/julho, foi inaugurada a extensão da Reinações em Caxias do Sul. A cidade serrana recebeu alguns confrades-fundadores (Christian David, Elaine Maritza, Hermes Bernardi e Caio Riter), que, além de apresentarem um histórico da Reinações, participaram do debate que teve como tema o livro Meu pé de laranja lima, de José Mauro de Vasconcelos. A coordenação do encontro foi da confrade Helô Bacichette, que já havia participado da confraria em Porto Alegre, que levou a ideia para Caxias e foi a incentivadora do evento. O 1º encontro teve vários participantes, teve um clima bem bacana de troca de ideias (como os que ocorrem em Porto Alegre) e uma grande exposição na mídia. Mês que vem tem mais, como o livro O mistério das aranhas verdes, de Carlos Heitor Cony e Ana Lee. Abaixo algumas fotos da inauguração.
Helô coordenando o encontro em Caxias



A comitiva de Porto Alegre e a coordenadora do encontro



Cenas do 1º encontro da Reinações-Caxias








(Fotos: Adriana Sirena, Setor de comunicação da Biblioteca Pública Municipal Dr. Demetrio Niederauer)

quinta-feira, 23 de julho de 2009

Levitan convida...

Queridos amigos,
É com satisfação que comunico a todos que a IQC RECORDS* está lancando o novo cd do LEVITAN E OS TRIPULANTES, "o outro lado b", nesse domingo em Londres no GARDEN OF LUCAS FLAT (trocando em miúdos, no pátio da casa do Lucas em Londres!) com direito a um pocket show com metade da banda e uma festa entre amigos! Quem estiver por aqui, será bem-vindo.
Aos demais, por poder compartilhar essa alegria,
obrigado e um grande abraco do amigo Claudio Levitan


* IQC Records (Independente de Qualquer Coisa Records)

domingo, 19 de julho de 2009

Palavra de Confrade 4 - Jacira Fagundes

O Palavra de Confrade é com Jacira Fagundes. Escritora de livros para crianças e para adultos, Jacira tem sido uma participante bastante efetiva da Reinações, participando dos debates ou coordenando discussões, como a sobre Ou isto ou aquilo, de Cecília Meireles. Entre as obras de Jacira, destaca-se O menino do livro. Abaixo, algumas reflexões de Jacira sobre a escrita e a leitura

1.Para você, em que aspectos a literatura feita pra crianças e adolescentes reina?
Reina no aspecto lúdico, nas inúmeras e diferentes possibilidades de brincadeiras e de fantasia. Reina no poder do imaginário, do faz-de-conta, daquilo que, não sendo a verdade, poderia vir a ser. E reina no aspecto formativo, na direção do ler e pensar, dialogando com o ser criança e o ser adolescente num processo contínuo de viver e reinventar o mundo.


2.Qual o encontro da Reinações que mais marcou sua história de leitor? Por quê?
O encontro realizado na última Feira do Livro de Porto Alegre em que se debateu o livro de Astrid Lindgren, Pippi Meialonga. A personagem criada pela autora é de uma verdade e irrelevância que o leitor sente-se fascinado. O encantamento da história, a riqueza da personagem, o debate concorrido, platéia participante e o ambiente dos mais propícios para a magia das histórias concorreram para o sucesso do encontro.


3.Há diferença entre escrever para crianças e para adultos?
Um pouco, talvez. Considero este, um trânsito desafiador, porém de acesso tranquilo. O adulto é meu espelho com todas (ou muitas delas) contradições e questionamentos. Escrever para este adulto é um falar para dentro num olhar adquirido através do tempo, um olhar íntimo, conhecido. A criança é minha fantasia, a esperança que nunca acaba, a possibilidade nunca tardia. Assim, a consciência da realidade, o sonho e a magia se fundem numa mesma escrita para o pequeno leitor e para o leitor adulto. São os mesmos olhares. Diferentes, suponho, apenas a linguagem e a forma de tocar os sentidos de um e de outro. Uma alternância que me dá maior amplidão de mundo.

4.Como se dá o processo criativo para você em geral? Você se considera uma escritora inspirada ou uma escritora artesã?
Mais uma escritora artesã. Escrevo com disciplina, leio como hábito e também como exercício de escrita, coloco ideias no papel que vão se estruturando, tomando forma ao longo do processo. Então costuma acontecer do inconsciente se pronunciar, geralmente em períodos de repouso, me trazendo algo que chega com força e promete ficar uma cena, uma ideia, enfim, um direcionamento. Alicerçado o cenário, os personagens se configuram e a narrativa tem seu começo.


5.Deixe aqui uma dica de leitura para os confrades. Não se esqueça de fazer um comentariozinho sobre ela.
Indico para os confrades a leitura que me foi decisiva na opção de escrever para crianças. Transplante de menina, de Tatiana Belinky, é um livro que encanta porque cria, com humor e sensibilidade, o universo da infância e adolescência da autora. Não se trata de uma obra biográfica, é mais o resgate da memória de uma época. É um texto belíssimo, que faz do leitor um aliado nas vivências e aventuras da menina Tatiana. Um livro para grandes e pequenos.


6.Que Palavra de confrade você gostaria de conhecer?
Gostaria muito de conhecer a palavra da confrade Laura Castilhos.

terça-feira, 14 de julho de 2009

Blog da Feira de Picada Café

Abaixo, recado da confrade Nóia Kern, uma das coordenadoras da 9ª Feira do Livro de Picada Café:

Olá,
criamos um blog da feira do livro de Picada Café.
Se vocês quiserem postar comentários seria "tri-legal".
endereço:

www.leituraempicadacafe.blogspot.com/
outra possibilidade: pelo google: picada café. Aparecerá o site da cidade e dento do site está o blog
Abraços
noiak

27ª REINAÇÕES: MEU PÉ DE LARANJA LIMA





Dia 21, nos reunimos novamente. O 27º Encontro desta ideia que tem dado certo e que tem reunido pessoas interessadas em conversar sobre LIJ. Ideia tão acertada que já começa a dar frutos, estendendo-se para Caxias, que, no dia 22, terá seu 1º Encontro, fundando a Reinações-Caxias.
E ambos encontros serão com o livro Meu pé de laranja lima, de José Mauro de Vaconcelos, um clássico, quando se pensa a literatura feita para crianças no Brasil. Mergulho com nostalgia, neste livro que marcou minha infância, através de suas páginas, e das adaptações para cinema e tevê. Até novela virou.

Abaixo, uma galeria de fotos:

José Mauro de Vaconcelos
Capa da 1ª edição

Elenco da novela "Meu pé de laranja lima"