quinta-feira, 31 de dezembro de 2009

2010 com Esperança!


Carla Laidens, nossa confrade idealizadora dos convites, envia cartão de final de ano. Nele a imagem de Magritte conversa com a poesia de Quintana. E que 2010 seja pleno de esperança para todos nós.

segunda-feira, 21 de dezembro de 2009

Por um Brasil Literário

Recebo o manifesto Por um Brasil Literário, de Bartolomeu Campos de Queirós, que desejo partilhar com os confrades. Que nossas ações em 2010 possam ter como eco as palavras do Bartolomeu.

Hoje, me vi pensando como seria viver em um país de leitores literários. Pode ser apenas um sonho, mas estaríamos em um lugar em que a tolerância seria melhor exercida. Praticar a tolerância é abrigar, com respeito, as divergências, atitude só viável quando estamos em liberdade. Desconfio que, com tolerância, conviver com as diferenças torna-se em encantamento. A escrita literária se configura quando o escritor rompe com o cotidiano da linguagem e deixa vir à tona toda sua diferença – e sem preconceitos. São antigas as questões que nos afligem: é o medo da morte, do abandono, da perda, do desencontro, da solidão, desejo de amar e ser amado. E, nas pausas estabelecidas entre essas nossas faltas, carregamos grande vocação para a felicidade. O texto literário não nasce desacompanhado destes incômodos que suportamos vida afora. Mas temos o desejo de tratá-los com a elegância que a dignidade da consciência nos confere.A leitura literária, a mim me parece, promove em nós um desejo delicado de ver democratizada a razão. Passamos a escutar e compreender que o singular de cada um – homens e mulheres – é que determina sua forma de relação. Todo sujeito guarda bem dentro de si um outro mundo possível. Pela leitura literária esse anseio ganha corpo. É com esse universo secreto que a palavra literária quer travar a sua conversa. O texto literário nos chega sempre vestido de novas vestes para inaugurar este diálogo, e, ainda que sobre truncadas escolhas, também com muitas aberturas para diversas reflexões. E tudo a literatura realiza, de maneira intransferível, e segundo a experiência pessoal de cada leitor. Isto se faz claro quando diante de um texto nos confidenciamos: "ele falou antes de mim", ou "ele adivinhou o que eu queria dizer".Caio, o texto literário não ignora a metáfora. Reconhece sua força e possibilidade de acolher as diferenças. As metáforas tanto velam o que o autor tem a dizer como revelam os leitores diante de si mesmo. Duas faces tem, pois, a palavra literária e são elas que permitem ao leitor uma escolha. No texto literário autor e leitor se somam e uma terceira obra, que jamais será editada, se manifesta. A literatura, por dar a voz ao leitor, concorre para a sua autonomia. Outorga-lhe o direito de escolher o seu próprio destino. Por ser assim, Caio, a leitura literária cria uma relação de delicadeza entre homens e mulheres.Uma sociedade delicada luta pela igualdade dos direitos, repudia as injustiças, despreza os privilégios, rejeita a corrupção, confirma a liberdade como um direito que nascemos com ele. Para tanto, a literatura propõe novos discernimentos, opções mais críticas, alternativas criativas e confia no nosso poder de reinvenção. Pela leitura conferimos que a criatividade é inerente a todos nós. Pela leitura literária nos descobrimos capazes também de sonhar com outras realidades. Daí, compreender, com lucidez, que a metáfora, tão recorrente nos textos literários, é também uma figura política.Quando pensamos, Caio, em um Brasil Literário é por reconhecer o poder da literatura e sua função sensibilizadora e alteradora. Mas é preciso tomar cuidados. Numa sociedade consumista e sedutora, muitos são leitores para consumo externo. Lêem para garantir o poder, fazem da leitura um objeto de sedução. É preciso pensar o Brasil Literário com aquele leitor capaz de abrir-se para que a palavra literária se torne encarnada e que passe primeiro pelo consumo interno para, só depois, tornar-se ação.
Caio, o Brasil Literário pode, em princípio, parecer uma utopia, mas por que não buscar realizá-la?
Com meu abraço, sempre, Bartolomeu

Natal


Esta a mensagem da AEILIJ para um Natal cheio de livros e de bons sentimentos.

quarta-feira, 16 de dezembro de 2009

Noite do Livro

Dia 14, Noite do Livro, momento de conhecer os vencedores do Açorianos de Literatura. Eu tava concorrendo, Dill, Hermes e Elaine também. Quatro fundadores da Reinações. E, quando subi no palco do teatro Renescença pra receber o Açorianos de melhor livro infantil, com Historinhas bem..., em parceria com Márcia Leite, destaquei o nada de espaço na mídia em relação aos concorrentes de LIJ e isso que este ano havia livros para crianças e adolescentes concorrendo também a melhor capa e a melhor projeto gráfico.

Confrades, muito ainda temos a construir. Vamos seguindo em frente. Abaixo um grupo de confrades que foi prestigiar a Noite do Livro e abraçar os confrades concorrentes. O Hermes e a Valéria estavam lá também!

sábado, 12 de dezembro de 2009

Nós e o Hobbit

Pois dia 08 de dezembro encerramos os encontros de 2009. Ano de algumas novidades, como os saraus (com brilhante participação dos alunos da confrade Maria Inês), o 1º seminário da Reinações, ocorrido na Feira do Livro de Porto Alegre e o despertar da Reinações em Caxias. Este o 32º encontro, são 32 meses ininterruptos de encontros, de troca de ideias, de debruçar-se sobre livros feitos para crianças e adolescentes.
E em nosso recente encontro, coordenado pelo Christian David, nosso olhar voltou-se para a obra de J.R.R.Tolkien, em especial O hobbit. Confesso que, como leitor iniciante no universo do criador de O senhor dos anéis, achei leitura lenta, muito descritiva, mas com momento muito bons, diria até magníficos, como, por exemplo, o encontro do Bolseiro com Gollum. Vejo ali ecos míticos da luta de Édipo contra a Esfinge.
Mas, bem, o coordenador iniciou apresentando alguns aspectos da biografia do autor e da gênese do livro. Disse que a ideia surgiu meio ao acaso, a primeira frase do livro veio à mente do autor, quando ele corrigia provas: Em um buraco no chão vivia um hobbit. O que, convenhamos, é uma frase ótima para um início de livro.
Tolkien, segundo Christian, é considerado o pai da literatura fantástica moderna, estabelecendo uma espécie de cânone quando se pensa hoje este tipo de literatura. O autor organizou um universo com elfos, orcs, trolls, e etc..., chamado de fantástico medieval ou de alta fantasia.
Afinal, como esclareceu a confrade Diana Corso, Tolkien forjou um mundo com seus seres, sua linguagem, sua geografia, sua história. um mundo que se constrói sem qualquer relação mais direta com o real, embora o autor tenha revelado sua intenção de oferecer à Inglaterra um universo de mitos.
Creio que, para quem ainda não leu e se interessa pela literatura de fantasia, uma boa dica de leitura.
E leio que O hobbit está virando filme com possível exibição em 2010.

Segundo a Revista SET, a New Line Cinema, em parceria com a MGM, irá produzir a tão esperada versão cinematográfica de O hobbit.
A versão do cinema talvez seja um pouco diferente do que os fãs leram nos livros. Afinal, Peter Jackson, o homem por traz da direção-executiva do projeto, prometeu dois filmes em sequência para O Hobbit. No entanto, para conseguir isso, é provável que o filme aborde histórias paralelas a aventura de Bilbo Bolseiro.
No elenco do filme, é provável que vejamos alguns dos atores/personagens da trilogia do anel, como Gandalf, Elrond, Aragorn, entre outros. A cadeira do diretor do filme deverá ser ocupada por Guillermo Del Toro, diretor de O Labirinto de Fauno.

sexta-feira, 11 de dezembro de 2009

Confrades concorrendo ao Açorianos

Temos confrades concorrendo ao Açorianos deste ano. Abaixo segue convite para a noite de premiação (vamos prestigiar!) e lista de confrades indicados ao prêmio.

Categoria - Melhor Livro Infantil

DOIDO PRA VOAR, de Hermes Bernardi Jr., Artes e Ofícios Editora Ltda
HISTÓRIAS BEM... (COLEÇÃO), de Caio Riter e Márcia Leite, Editora Escala Educacional

Categoria - Melhor Livro Juvenil

DE CARONA, COM NITRO, de Luis Dill, Artes e Ofícios Editora Ltda
MEU PAI NÃO MORA MAIS AQUI, de Caio Riter, Editora Biruta
TODOS CONTRA DANTE, de Luis Dill, Editora Companhia das Letras