sábado, 28 de maio de 2011

Regulamento CONCURSO ASSOMBRO JUVENIS

REGULAMENTO
1º CONCURSO LITERÁRIO DE CONTOS
ASSOMBROS JUVENIS
57ª FEIRA DO LIVRO DE PORTO ALEGRE


1. A Câmara Rio-Grandense do Livro - CRL, a Reinações:Confraria da Leitura de textos de Literatura Infantojuvenil e a Companhia Rio-Riograndense de Artes Gráficas - Corag promovem o 1º Concurso Literário Assombros Juvenis, que visa despertar talentos literários, promover a Literatura Infantojuvenil e homenagear a literatura de terror destinada a adolescentes, que tanto apelo tem no coração dos novos leitores.

2. Estão habilitadas a participar do concurso pessoas residentes no Rio Grande do Sul, com idade acima de 18 anos.

Obs.: É vedada a participação de membros da Comissão que organiza o concurso, assim como de funcionários da CRL, bem como de seus familiares até segundo grau.

3. A participação no concurso, através do envio de textos, implica a concordância com todas as cláusulas deste regulamento.

4. Os textos deverão ser rigorosamente inéditos em veículos impressos.

5. A temática é o terror, sendo que o conto deve ter como público-alvo os adolescentes. Assim, o protagonista deverá ser um jovem ou uma jovem. Os seres do Além que fizerem parte dos contos podem ser seres do imaginário popular, retomados, ou seres criados pelo autor.

6. Cada participante poderá inscrever-se através da entrega de um texto do gênero conto, devendo este ter, no máximo, cinco páginas, digitadas em espaço 1,5, utilizando fonte Arial 12, em folha A4, com margens de 2 cm. Textos que não se encaixarem na temática ou no gênero deste concurso serão invalidados.

7. É obrigatório o uso de pseudônimo, que deverá ser composto de no mínimo dois nomes e colocado no alto da primeira página de cada texto.

8. Acompanhando os textos — a serem entregues impressos em papel A4 ou ofício, em três cópias, e em CD-R, em um envelope devidamente identificado com o pseudônimo — deverá constar, em um envelope menor, lacrado, identificado com o pseudônimo, uma folha com os seguintes dados:


a) Nome do concurso

b) Pseudônimo composto (mais de um nome)

c) Nome completo

d) Endereço completo

e) Telefones

f) E-mail

g) Data de nascimento


10. O prazo para as inscrições termina, impreterivelmente, em 31 de julho de 2011, até às 18h. Os envelopes com os textos concorrentes devem ser entregues na Câmara Rio-Grandense do Livro (Praça Osvaldo Cruz, 15 Conj. 1708 / 1709, CEP 90030-160, em Porto Alegre/RS) ou enviados pelo Correio, aos cuidados de Rafael Cardozo. Neste último caso, a data de inscrição será a da postagem, que, se for posterior a do prazo máximo para a inscrição, não será aceita.

11. O julgamento dos textos será realizado por uma comissão de três profissionais, de diferentes áreas da literatura, indicada pelos organizadores do concurso.

12. Os textos selecionados em número não superior a 10 serão publicados em antologia editada pelos organizadores, sem fins lucrativos, razão pela qual os organizadores exoneram-se do pagamento de direitos autorais ou de qualquer outra forma de remuneração aos autores, além da entrega gratuita de dez exemplares da antologia. A antologia terá lançamento e sessão de autógrafos na 57ª Feira do Livro de Porto Alegre.

13. Da premiação:

13.1. Serão outorgados certificados a todos os selecionados, e estes terão seus textos publicados na antologia do 1º Concurso Literário Assombros Juvenis, não havendo qualquer ônus aos escritores selecionados.

15. Não poderá figurar no livro mais do que um texto de cada autor.

16. O resultado do concurso será divulgado no site da CRL (
www.camaradolivro.com.br) até o mês de outubro.

17. Não haverá, em nenhuma hipótese, devolução dos textos concorrentes.

18. As decisões da comissão julgadora são irrecorríveis.

19. Os casos omissos neste regulamento serão resolvidos em conjunto pelo coordenador do concurso, jurados e representantes das entidades organizadoras.

20. Mais informações podem ser obtidas na CRL pelo fone (51) 3286.4517, com Rafael Cardozo, ou através do blog da REINAÇÕES (
www.confrariareinacoes.blogspot.com)

quarta-feira, 18 de maio de 2011

Sugestões de sagas juvenis para quem curte Harry Potter

Ontem, no debate da Confraria sobre o livro Harry Potter e a Pedra Filosofal, citei alguns textos interessantes pra quem curte essas sagas juvenis como eu. Como alguns se interessaram em conhecer as obras segue a lista. Os dez primeiros são sagas, os últimos dois são livros sem continuações, mas que tem o mesmo clima.


1 - Artemis Fowl, de Eoin Colfer - mitologia irlandesa misturada com tecnologia, humor ácido e muita aventura. Artemis é um menino-gênio do crime.

2 - As Aventuras do Caça-feitiço, de Joseph Delaney - magia e terror medieval guiado por uma narrativa apaixonante.

3 - A Mediadora, de Meg Cabot - menina adolescente com poderes sobrenaturais e muita personalidade se metendo em confusões.

4 - Crônicas das Trevas Antigas, de Michelle Paver - magia tribal e as aventuras de um menino e seu lobo em uma Europa pré-histórica.

5 - Percy Jackson e os Olimpianos, de Rick Riordan - todos já conhecem o meio-sangue descendente dos deuses do Olimpo tentando salvar o mundo.

6 - Mundo de Tinta, de Cornélia Funke - aventura envolvendo livros e seres fantásticos em um belo texto.

7 - Túneis, de Gordon & Williams - fantasia urbana e subterrânea com um ritmo diferente e bem inglês.

8 - As Aventuras de Lewis Barnavelt, de John Bellaris - da década de 70, magia e amadurecimento passeiam por este texto.

9 - Erec Rex, de Kaza Kingsley - bem no climão de Harry Potter, leitura bem interessante.

10 - Os Mundos de Crestomancy, de Diana Wynne Jones - texto forte, com uma magia um pouco mais non-sense do que as versões atuais, provavelmente a série mais antiga destas todas.

11 - C.O.V.A., de Mark Walden - em uma escola para criminosos adolescentes cheios de habilidades coisas surpreendentes acontecem.

12 - JJ e a Música do Tempo, de Kate Thompson - bom texto, sem aquele ritmo alucinante da maioria das sagas juvenis, ganhador de vários prêmios, ambientado em uma Irlanda cheia de magia.

sexta-feira, 13 de maio de 2011

Palavra de Confrade 16: Maria Inês Borne

Maria Inês Borne é professora da rede estadual de ensino. A paixão pela leitura veio de ter nascido em uma casa cheia de animais e de muitos livros. Contos de fadas, histórias bíblicas e poemas, sempre aguçaram seu olhar de criança que vasculhava as estantes atrás do fascínio que as palavras lhe apresentavam. Hoje, Maria Inês busca demonstrar este amor para seus alunos e apresentar a cada um deles o mundo que é um livro.


Em que aspectos, na sua opinião, a LIJ reina?
A LIJ rein quando consegue estabelecer contato imediato com o imaginário infantil, quando se criam os laços que irão se transformar nas pontes entre a Literatura e o leitor.
Laços estabelecidos, pontes construídas. Agora é o momento de seguir lançando fios, tecendo tramas, traçando redes, firmando bases. Cada nova leitura leva a uma nova ação, estabelecendo o próximo passo da Rainha, que continua sua caminhada ininterrupta.


Dos 46 encontros que a Confraria Reinações- PoA promoveu, qual foi a mais marcante para você? Por quê?
Não poderia escolher um. Alguns foram marcantes porque me fizeram ler uma obra que há tempo vinha dizendo "quero ler este livro", como História sem fim e Pippi Meia Longa. Outros foram marcantes porque me levaram a reler obras que lera quando criança ou adolescente: As aventuras de Tom Sawer e Gato Malhado e Andorinha Sinhá.
Cada encontro é uma possibilidade de falar e de ouvir opiniões, aspectos marcantes no que li ou aqueles que nem tinha observado, ou então não tinha visto da mesma maneira que alguém viu, abrindo assim outros caminhos para relacionar a história com o que sou ou busco ser.


Você é professora dos anos iniciais. Como você percebe o uso da Literatura em sala de aula pela maioria dos professores? A escola está no caminho certo para a formação de leitores literários?
Nem toda escola nem todo professor usam a LIJ como deveriam. É por iso que temos jovens que deixam ou trocam a leitura por outra atividade que lhe traga mais impacto emocional ou pessoal.
Temos exceções. Há professores maravilhosos que tentam resgatar leitores, às vezes um trabalho difícil, mas no final recompensador.
Alguns professores dos anos iniciais levam os alunos a ver a leitura como ir à biblioteca ou a hora do conto. As duas atividades são importantes, mas para formar leitores literários não são suficientes. Outros professores trabalham com paradidáticos achando que estão trabalhando com LIJ, nem todos os profissionais demonstram conhecer a diferença. Às vezes, a Literatura fica mais fadada a ser "ficha de leitura" do que outra coisa. Já vi tudo isto é muito mais nas escolas em que trabalhei.
Graças a Deus, que é definido como verbo pela Bíblia, hoje vejo um caminho diferente. Meus alunos são incentivados a entrar em contato com gêneros e autores, a falar do que lhes agradou ou não. Desta forma começam a estabelecer suas preferências, seus gostos, ver que autores lhes agradam. Mas é preciso experimentar para dizer "não gosto".

Em seu convívio com os pequenos leitores, certamente você percebe o que os atrai mais em relação a temas e tipos de texto. Aponte algumas características da LIJ que mais atraem as crianças hoje.
O pequeno leitor gosta daquilo que o instiga. Gosta do que lhe é familiar, do que o incita a aventura, lhe dá medo, do que é fantástico. O pequeno leitor, como qualquer leitor, tem suas preferências pessoais. Aquele que passou pela experiência positiva de ler, estabelece suas preferências e vai dizer, de acordo com a sua maneira de se expressar, o porquê gostou ou não do que leu. Às vezes, junto com a expressão do rosto e a maneira como falam, um "é bom" ou "gostei" expressam mais que muitas palavras. Com o amadurecimento do leitor as palavras para explicar-se surgem e eles irão além do gostei, vão dizer o motivo pelo qual gostaram.
A LIJ precisa trilhar o seu caminho. Características virão junto com os autores e os gêneros literários. Literatura sempre tem espaço, sempre encontra o leitor.

Em seu dia a dia como professora, cite alguma experiência envolvendo leitura que, de alguma forma, a tenha surpreendido positivamente? Por quê?
Já tive várias experiências positivas. Todas surpreendentes.
Acredito que a mais marcante aconteceu logo que comecei a trabalhar na escola em que estou hoje. Em abril, elaborei um projeto sobre Monteiro Lobato. Uma aluna ficou encantada com "as histórias dos livros".
Ela conhecia "as histórias da televisão" e foi procurar os livros de Lobato na biblioteca. A professora-bibliotecária disse que "aqueles eram livros só para os professores". Ela voltou para a sala e nada me falou. Enquanto durou o projeto, ela terminava suas tarefas e pegava um dos volumes que estavam sobre a minha mesa e lia. Quando dei por encerrado o projeto e disse que entregaria os livros na biblioteca, ela me pediu que não o fizesse. Indaguei-lhe o motivo e ela me explicou tudo. Perguntei qual livro ela gostaria de ler primeiro e me respondeu sem pestanejar: "O Saci". No dia seguinte levei meu exemplar do livro e lhe entreguei para que lesse. No final da aula veio me entregar o livro e quando falei que ela poderia levá-lo para casa seu rosto iluminou-se. Ela leu toda a coleção infantil do Monteiro Lobato. Levava meus livros para casa como se fossem tesouros e os trocava assim que terminava de ler. Enquanto esteve na escola, emprestei-le muitos livros. Hoje, ela não mora mais em Charqueadas, mas creio que continua lendo.

O autor Orígenes Lessa disse certa vez que um bom livro para crianças é aquele que, quando lido por um adulto, o encanta também. Nesse sentido, quais seus critérios de seleção de livros a serem indicados a seus alunos? Passa primeiramente pelo seu próprio encantamento?
Leio sempre que posso. Tenho sempre mais de um livro junto do meu travesseiro. Como toda leitora tenho minhas preferências, meus temas, gêneros e autores prediletos. Os livros infantojuvenis são em maioria entre os que tenho. Nunca iria indicar um livro que não me agradasse, mas sou metódica quando vou selecionar as leituras para os meus alunos. Primeiro vejo a turma com que vou trabalhar, escolho um tema ou gênero. Depois faço uma seleção de títulos e autores. Busco estes livros e leio. Após esta leitura, separo dois ou três títulos para reler e então escolho o livro que vou adotar. Esta escolha nem sempre é a que mais me "encantou", é aquela que se adapta melhor a turma que tenho em vista. Só depois disso é que começo a organizar um esboço do que irei fazer.

Que dica de leitura você daria aos confrades da Reinações? Por quê?
Li a pouco, é a série Mundo de Tinta, da Cornélia Funke. A trilogia é incrível e vários outros adjetivos que nem me atreverei a continuar escrevendo-os. Ela escreve de uma maneira gostosa, o fantástico surge como um filete de água até tornar-se um rio caudaloso que nos leva a mergulhar.

Que palavra de Confade você gostaria de conhecer?
Gostaria de conhecer mais a palavra da confrade Liza Caldeira, pois como eu, ela também é professora. A diferença é que ela trabalha com os pequeninos que ainda não leem. Gostaria de saber um pouco mais da forma que ela usa para levar a Literatura até eles.