quarta-feira, 20 de janeiro de 2010

Palavra de Confrade 9: Cláudio Levitan

O Confrade Cláudio Levitan é arquiteto, com mestrado e tudo o mais, porém desenvolve atividades com Arte. É músico, ator, dramaturgo, cartunista e escritor. Autor dos livros O porão misterioso (Prêmio Açorianos/2001), Pimenta do reino em pó (ambos editados pela L&PM), e Porto Alegre no livro das crianças perdidas, recentemente lançado pela Artes e Ofícios. Além disso, também adaptou para o teatro e para quadrinhos o livro Pé de Pilão, de Mario Quintana. Abaixo, o que o confrade pensa sobre literatura e arte. Confira.

1. Em que aspectos, na sua opinião, a literatura infanto-juvenil reina?
No mundo da fantasia.

2 – Dos 32 encontros que a Confraria Reinações promoveu, qual foi mais marcante para você? Por quê?
O encontro sobre o livro História sem fim, de Michael Ende, foi muito importante para mim e mostrou aspectos da obra que não tinha percebido numa primeira leitura. Ao reler o livro, passei a considerá-lo uma grande fonte de descobertas, entre elas, a da importância da fantasia no imaginário do ser humano, especialmente, no período em que ele se torna um indivíduo social e se insere no mundo adulto. O círculo eterno na busca do significado da vida que se retoma numa infinita construção de um mesmo e único livro chamado HUMANIDADE.
3 – Para você que, além de ser escritor, é músico, dramaturgo e ator, qual é o papel da Arte na vida de uma criança ou de um jovem?
É justamente através da arte que as crianças iniciam seu contato com o mundo, na arte das brincadeiras. Arte é brincar. Talvez se possa dizer que são os adultos que não devem parar de brincar, nem devem proibir as crianças de fazê-lo. Porque está nesse caminho lúdico, a forma mais saudável de se aprender, de se preparar para o futuro, ampliando os olhares e se encorajando para novas descobertas.Privar as crianças e os jovens da Arte é esvaziar o sentido das suas vidas.

4 – O que você prioriza na escrita (e também na leitura) de um texto produzido para criança ou para adolescente? Há alguma preocupação especial?
A fantasia. Nela está o pacto em nome da criatividade do autor e do leitor. O prazer de viajar nos diversos sentidos das palavras, na descoberta da reinvenção do mundo e na permanente subversão dos sentidos que ampliam o nosso olhar sobre os outros e sobre nós mesmos.

5 - Que dica de leitura você daria aos confrades da Reinações?
O Senhor da Foice, de Terry Pratchett (Ed. Conrad).
6.Qual palavra de confrade você gostaria de conhecer um pouco mais aqui?
Gostaria de ler as palavras de Diana Corso.

Nenhum comentário: